Então eu li... Trilogia A Seleção

19:20


Devo ser a única menina que não gostou desse livro. Se tiver mais alguém aí que não gostou, por favor, se apresente!

Começando que esse post vai ter sim um monte de spoiler. É que eu realmente preciso dizer o que achei dos livros.

A Seleção é uma trilogia bem famosa que você provavelmente ouviu falar onde mistura monarquia + distopia + reality show + triângulo amoroso. What?! Pois é, junte tudo que faz um livro vender hoje em dia e tenha a Seleção, com direito a protagonista ruiva.

Eu li porque tanta gente leu que senti a necessidade de ir atrás entender todo o hype. A quantidade de blogs que falavam desse livro que... ah, vamos ler logo isso.

Mas me decepcionei bastante. A leitura flui muito rapidamente, o que é positivo, mas veja bem, a autora colocou um plano de fundo interessante no qual ela podia - e devia - ter explorado muito bem, mas ela decidiu o quê? Dar enfoque no romance, no triângulo amoroso chatinho. É fofo e tal? Fofinho, mas vamos falar sobre como o povo desse reino está insatisfeito, como tem rebeldes pra todo lado? Ah, não. Deixa pra próxima.

No terceiro livro eles começam a abordar isso melhor. o que me deixou bem animada, mas não teve um fim. Ok, o pai da America era um rebelde, cool, mas me conta mais! Quero saber o que ele fez pela causa no passado, quero que você, America, tente ao menos procurar saber mais sobre isso!

Então descobrimos que uma das selecionadas, Kriss, também tem envolvimento rebelde. Se vamos aprofundar nisso? Não. Por que, né gente? Os leitores devem estar mais interessados no romance.

NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

O que valeu a pena nos três livros foram de longe os atos de rebeldia de America. Entre "olha como meu vestido é perfeito" e "Maxon ou Aspen?", America conseguiu fazer suas revoluções no conforto do castelo. Por exemplo quando ela simpatizou com os rebeldes, trouxe-os para o castelo, desafiou o rei, libertou os injustiçados pela lei, protegeu suas empregadas, falou coisinhas anti-governo em rede nacional, chutou as bolas do príncipe...
America pode ser uma protagonista chata, mas como estamos falando de uma suposta distopia, obviamente em algum momento ela teria que desafiar o governo.

Eu imagino que vocês devem saber com quem ela fica no final, estou certa? Em um livro onde não há um "grande vilão", só alguns antagonistas, como uma garota invejosa que no fim acaba ficando boazinha. Conto de fadas tentando cruzar com o distópico, talvez. 

Ah, e vi que vão lançar uma continuação com a filha da America! Li os primeiros capítulos liberados e NÃO, EU NÃO PUDE ACREDITAR!

A autora vem e me bota que a menina vai passar pelo mesmo processo de seleção! Primeiro porque seleção é falha, pois é usado para entreter o povo e deixá-los "satisfeitos" (alguém pensou em Pão e Circo?), segundo porque a seleção é corrupta, onde não há sorteio nenhum, e sim seleção a dedo de participantes que podem contribuir de algum modo com a política. E fala sério, o mundo foi destruído e você quer reerguer um país em forma de monarquia? Piada, com certeza.

Espero de verdade que nesse livro a princesinha destrua a seleção e no final acabe sozinha. Porque esse negócio de a princesa acabar com o príncipe no final é chato pra cacete. Ah, e que ela destrua a monarquia também e implante um anarquismo muito louco. Aí eu viro fã dos livros.



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